Um Brinde Real: Vinhos & Conversas Entre Charles III e Macron
- Raffael Figlarz
- 19 de jul.
- 2 min de leitura

Imagine um jantar de gala num castelo britânico, com convidados ilustres — desde Mick Jagger e Elton John até a nobreza real — e claro, vinhos de tirar o fôlego. Foi exatamente isso que aconteceu no banquete de Estado em Windsor Castle, em 8 de julho de 2025, durante a visita oficial da França ao Reino Unido, a primeira em 17 anos.
O que foi servido
Para o brinde oficial, foi servido um espumante inglês, o Domaine Evremond Classic Cuvée “Edition 1” NV, produzido em Kent em parceria com a casa francesa Taittinger. O Rei até brincou que beber espumante inglês feito por uma casa francesa surpreenderia seus antecessores.
Na sequência do jantar: um Champagne Louis Roederer Carte Blanche NV.
E para acompanhar os pratos principais, foram destacados:
Etienne Sauzet, Corton‑Charlemagne Grand Cru 2022 (vinho branco da Borgonha)
Château Haut‑Brion 1996, do Bordéus, 1er Grand Cru Classé em Pessac‑Léognan
Após a sobremesa, a escolha foi emblemática: Porto Vintage 1977, representando o ano de nascimento de Macron, e um Cognac Frapin Grande Champagne 1948, alinhado com o ano de nascimento de Charles III.
Menu e atmosfera
Criado pelo chef francês Raymond Blanc, o jantar combinou ingredientes britânicos sazonais com elegância francesa. Começando por vegetais fresquinhos da estação, passando por frango orgânico com aspargos de Norfolk e finalizando com um parfait de groselha negra com gelatina de flor de sabugueiro. Tudo servido com música clássica e moderna — de Daft Punk a Debussy.
Um clima leve e simbólico
Durante o evento, o Rei fez um brinde que lançou o conceito de uma nova “Entente amicale” — uma versão mais amigável e afetiva da tradicional Entente Cordiale. Macron devolveu o gesto com elogios à relação renovada entre os dois países
Por que esse jantar chama atenção dos amantes do vinho?
Espumante inglês produzido por mestre francês: uma prova de que o terroir britânico está ganhando seu espaço — e com estilo internacional.
Brancos e tintos clássicos escolhidos com simbolismo histórico e diplomático.
Harmonia entre gastronomia, música e cultura — tudo orquestrado por uma das principais figuras da alta gastronomia francesa.
Comentários